Segundo o Informe Conjuntural do 3º trimestre, divulgado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), a entidade manteve em 2,3% a projeção de aumento do Produto Interno Bruto (PIB) do país para 2025. Esta estimativa reflete as expectativas de alta de 8,3% da agropecuária e de 2% dos serviços, enquanto a perspectiva de crescimento da indústria recuou para 1,6% – segunda revisão para baixo consecutiva. O setor deve sofrer, sobretudo, pela drástica redução do desempenho da indústria de transformação, cuja projeção de alta despencou de 1,9%, no início do ano, para 0,7%. A queda da indústria foi contida pela indústria extrativa, cuja expectativa de crescimento saltou de 2% para 6,2%.
A CNI também revisou a projeção de crescimento para a indústria da construção para baixo, de 2,2% para 1,9%. Já a indústria de transformação é o setor industrial que mais vem perdendo ritmo em relação a 2024, quando expandiu 3,8%. Começou o ano com projeção de 1,9% de crescimento, dado revisto para 1,5% no Informe Conjuntural do 2º trimestre, e chega ao terceiro trimestre com previsão de fechar o ano com alta de 0,7%. Para a entidade, a queda da expectativa de crescimento da indústria só não foi maior graças ao desempenho positivo da indústria extrativa. O patamar elevado da produção de petróleo desde o início do ano fez a CNI aumentar de 2% para 6,2% a estimativa de alta do setor.
A CNI também aumentou de 7,9% para 8,3% a projeção de alta da agropecuária, enquanto o setor de serviços teve o crescimento revisto de 1,8% para 2%, consequência do mercado de trabalho aquecido e do aumento das despesas primárias do governo federal no 2º semestre. Segundo a CNI, o Brasil deve comprar US$ 287,1 bilhões de outros países, alta de 4,8% em relação ao ano passado. Já as exportações brasileiras devem crescer 2,3% em relação ao ano passado, totalizando US$ 347,5 bilhões. Com isso, a balança comercial deve registrar superavit de US$ 60,5 bilhões, 8,2% inferior ao observado em 2024, projeta a CNI.
A CNI acredita que a inflação vai continuar perdendo força. Atualmente em 5,2% no acumulado de 12 meses até setembro, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deve fechar 2025 em 4,8%, mesma variação observada no fim de 2024, e acima do teto da meta da inflação de 4,5% em 12 meses. Já o ritmo aquecido do mercado de trabalho até agosto deve diminuir no 2º semestre, projeta a CNI. A expectativa é que a criação de empregos se estabilize nos últimos meses do ano. Ainda assim, espera-se que a massa de rendimento real do trabalho suba 5,4%, um considerável estímulo ao consumo das famílias, cuja estimativa é de alta de 2,3%.
A CNI estima que as despesas do governo vão acelerar no 2º semestre frente ao 1º semestre. Isso se deve, sobretudo, ao pagamento de precatórios realizado em julho e à intensificação das despesas discricionárias, que não são obrigatórias por lei e cujo governo tem liberdade para executar. Ainda assim, os gastos federais devem ter crescimento real de 3,5%, contra alta de 3,7% em 2024.
Fonte: Jornalismo – CNI imprensa@cni.com.br Assessoria de imprensa

